A série Tales talvez tenha se tornado o último pilar dos RPGs da velha guarda. Tales of Graces mantém a fórmula dos RPGs clássicos de outrora.
O jogo durante as 3 primeiras horas segue o padrão de animes e mangás japoneses para o público infantil. Um garotinho forte e rebelde (Asbel) com um irmão tímido, fraco e inteligente (Hubert), amigos de uma garota com um instinto meio materno (Cheria), conhecem uma menina misteriosa (Sophie) e ficam amigos de um príncipe (Richard). Fazem pacto de amizade, mas uma tragédia os separa. Tudo em diálogos simples e combates chatos.
O sistema de combate do jogo é muito divertido, com combates mais abertos e cheios de ação que a maioria dos RPGs orientais.
As próximas horas do jogo você passará reunindo os personagens, e você percebe que, mesmo com aquela roupagem simplória do início, eles valem sua atenção e você quer saber o que aconteceu e para onde a história vai.
Tales tem muitos momentos de enrolação e partes desnecessárias. Há quests paralelas que não são interessantes. E na primeira metade do jogo você andará pelas mesmas áreas o tempo todo.
Os gráficos estão bons, com efeito aquarela, porém as animações dos personagens são deprimentes, com ações básicas de mexer os braços para indicar sentimentos.
O jogo não é ruim, mas se apega muito a três gerações de RPGs japoneses, atrapalhados por interações físicas ruins entre personagens, vaivém desnecessários.
Tales of Graces f tem uma boa história, com bons personagens, e uma duração de 40 horas. Para quem sente falta de RPG japonês essa é uma boa pedida.
O fato é que o mercado tem sido dominado por RPGs ocidentais, pois eles têm uma mecânica de jogo mais simples e batalhas mais animadas. Os RPGs ocidentais se misturam um pouco com jogos de ação. O que cansa nos RPGs japoneses é que a cada 5 minutos você encontra um inimigo e não há como evitá-lo.
Eu li um certo dia que os jogos japoneses são feitos para serem jogados de forma muito intensa durante 40, 60 horas para depois serem deixados de lado. Já os jogos ocidentais são mais curtos, mas jogados diversas vezes. No passado a indústria japonesa de games dominava o merca, mas hoje em dia eles têm perdido espaço.
A única franquia de RPG japonês, na minha opinião, que vem buscando a excelência e o primor é Final Fantasy. Tales of Graces f, não é ruim, mas peca em certos detalhes, infelizmente.
A única franquia de RPG japonês, na minha opinião, que vem buscando a excelência e o primor é Final Fantasy. Tales of Graces f, não é ruim, mas peca em certos detalhes, infelizmente.
Até mais minhas marmotas,
Marmota chefe,
Paulinho Braga
Nenhum comentário:
Postar um comentário